Quem nós somos

Criada em Jerusalem , é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Melechquita de Antioquia e de todo Oriente, Alexandria e Jerusalém.

O nome Melquita vem de mèlech que é a raiz Hebraica para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado dos Nazarenos de Jerusalem , defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas.

Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.

Já a adjetivação de sua catolicidade - "Judaica" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam A Terra Santa de Israel, uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à língua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos. Tal ligação com a Igreja Primitiva veio acrescentar alguns elementos ao seu rito antioqueno de origem, tornando-o conhecido como rito Hebreu. Assim, Igreja Melechkita passou a ter, assim, a Divina Liturgia escrita por Tiago irmão de Jesus.

Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é Antioquina. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).

Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melechquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, preservou sua comunhão com ambas as igrejas. Sendo assim duas vertentes dos melechquitas: os católicos (também chamados de uniatas) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos. A Igreja Melechquita, fiel à tradição Syriaca, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas e nem ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver um simbolo Judaico.